sexta-feira, 8 de março de 2013

O RPG visto pelos meus olhos.

Fala rapaziada. Tudo blz?
Nessa madrugada de insônia, venho trazer um pouco da história do RPG vista por mim.
Não... não vou falar da criação dele, pelos saudosos Gary Gygax e Dave Arneson; que pegaram a idéia do Wargame e a expandiram para criar nosso tão querido hobby, ainda na década de 1970.
Também não vou falar do lançamento oficial do primeiro RPG, Dungeons & Dragons, pela extinta TSR em 1975; nem da consequente evolução do hobby ao longo desse quase 40 anos.
Vou falar sobre o MEU contato com o RPG. Como o descobri, o que joguei e o que mestrei ao longo desses 13 anos que venho apreciando este passatempo.

Pois bem. Tudo começou quando um amigo meu da escola falou que tinha comprado um jogo de tabuleiro novo, e perguntou se nós gostaríamos de jogar depois da aula. Na época estava cursando a 5ª série, tinha por volta dos meus 13 anos de idade, e não tinha mais nada para fazer quando as aulas acabavam; então pensei: "por que não?'.
Chegando na casa dele (estávamos em 4 pessoas ao total), me deparei com a caixa do Hero Quest, trazido para o Brasil pela Estrela, com aquele desenho lindo e empolgante. Fiquei animadíssimo.
Confesso que no começo não entendi muito bem a dinâmica do jogador que devia ser o Zargon, e o que ele devia fazer; mas com o tempo e quanto mais nos juntávamos para jogar, eu fui pegando o jeito da coisa.

Chegou um momento que aquilo já não bastava; eu queria mais "liberdade", digamos assim. E, em uma banca onde sempre ia aqui na cidade, encontrei a revista Dragão Brasil. Aquela com o guerreiro em armadura enfrentando um monstro do pântano na capa. E ali fiquei conhecendo o RPG. Era exatamente o que queria.
 
Um tempo depois, quando consegui economizar uma grana, fui falar com o dono da banca. Eu já tinha ouvido falar que ele trazia produtos das capitais (sim...moro no interior...cidade pequena...hehehe). Encomendei com ele o Livro do Jogador do AD&D 2ªed.
Porém, ele trouxe produto errado. Depois de muito tempo, ele me ligou que havia chegado minha encomenda. Quando fui buscar, me deparei com um livro diferente do que havia pedido. Ele trouxe o set do GURPS 2ªed, aquele que vinha com o Escudo do Mestre e três dados de 6 faces.
Apesar de não ser o que eu tinha pedido, decidi ficar mesmo assim.

Devorei o livro. Muita coisa ali eu não entendi; mas reuni o grupinho e fomos jogar a clássica aventura Caravana para Ein Arris, que vinha no final do livro.
Muitas regras foram deixadas de lado, e outras improvisadas, é claro. Um exempo: não importava a distância entre os dois combatentes, semrpe era possível chegar em combate de perto e desferir o ataque sem penalidades...ahahahah.
Foi aí que comecei minha carreira como mestre. Revezava com outro amigo meu; e gostava de jogar também. Mas adorava criar aventuras, NPC´s e mundos inteiros.
 
O tempo passou. Joguei por um bom tempo o GURPS (entendendo e usando melhor as regras, gradativamente). Até que surgiu a oportunidade de comprar os três livros básicos do AD&D. Semi-novos, em perfeito estado, e o melhor, preços baixos. Um primo meu de São Paulo, capital, conhecia um cara que estava se livrando dos livros; e como ele sabia que eu curtia RPG, deu um toque. Comprei-os.
Li as regras em pouco tempo. Depois de GURPS, AD&D é facinho... ahahaha. Comecei a jogar, então, esse clássico. Adorei. Principalmente a temática de fantasia medieval do cenário de Forgotten Realms.

Aqui devo uma explicação: comecei mestrando AD&D em um mundo próprio. Mas depois, conheci um cara no colégio que estava querendo um grupo para jogar. Ficamos amigos. Ele tinha comprado o cenário de campanha de Forgotten Realms 2ª ed. Então ele começou a mestrar para nós nessa ambientação. Me apaixonei pelo cenário.
E assim continuamos por um bom tempo. Mas, com os anos 2000, veio a nova edição do D&D, chamada de 3.0, ou 3.5. Comprei os três livros básicos (na época já tinha começado a trabalhar em um empreguinho "meia-boca"), e algum tempo mais tarde também comprei o cenário de campanha dos Mundos Esquecidos para a 3ª edição (em  minha opinião...excelente!).
Joguei muito com meu grupo. Joguei e mestrei, para ser mais exato. Achei um sistema revolucionário. O simples fato de não ter mais TAC0 já era impressionante.
 
Mas os tempos mudam. Algum tempo depois, acabou o colégio. O grupo se separou; cada um foi fazer faculdade em um canto. E com os estudos, os empregos e as namoradas/esposas consumindo nossos tempos, eram raras as ocasiões que conseguíamos nos reunir. Agora tínhamos responsabilidades; não erámos mais os caras do colégio que não faziam mais nada o dia inteiro. Mas sempre que tínhamos uma brecha, nos reuníamos para rolar uns dados.
 
Então veio a bomba. A Wizards lançou o D&D 4ª edição. O famigerado MMORPG de papel. Achei horrível! Tentei jogar duas vezes, uma com meu antigo grupo e outra com um grupo que conheci na faculdade. Pensei: "não deve ser tão ruim". Depois que joguei, achei PIOR!!!
Soma-se à isso o fato de eu já estar meio "enjoado" do tema fantasia medieval, querendo experimentar coisas novas.

E então descobri Call of Cthulhu. Eu já conhecia o jogo, mas decide me aprofundar mais. Agora com a internet, era mais fácil conseguir esses materiais; e inglês não era um problema para mim. Comprei o livro da 6ª edição. Adorei a temática de horror. Um dos meus RPG´s favoritos.
Alguns anos depois, ouvindo um podcast da Terceira Terra, fiquei sabendo do jogo Pendragon. Me interessei. Fui atrás e achei para comprar o Livro Básico. Foi amor à primeira vista. Que temática sensacional! Joguei este RPG até mesmo online, em uma época que estava muito atarefado.
 
Hoje o RPG brasileiro passa por uma boa fase. Vários títulos indies excelentes já estão disponíveis para nós. O OldDragon é um excelente RPG oldschool; também é um dos meus favoritos. Mutantes & Malfeitores é excelente para campanhas de Supers. O novo O Um Anel, lançado pela Devir, captura a temática de Tolkien magistralmente. Rastro de Cthulhu é um bom substituto para CoC (apesar de, particularmente, ainda preferir o segundo), e em um futuro muito próximo, teremos Savage Worlds!

Com trabalho e outros compromissos, além de morar em outra cidade, hoje está mais difícil ainda jogar. Mas continuo persistindo.
Sempre que sobra um tempo na agenda atarefada de todos, eu e meus antigos amigos ainda nos reunimos para jogar um OldDragon ou um CoC. E agora estou tentando juntar uma galera nova pra rolar uma campanha de GURPS 4ed...vamos ver se dá certo. (Sempre fui nostálgico e nunca me desapeguei do GURPS...ehehhe).
Além do mais, pretendo testar o sistema próprio que estou criando, qualquer dia desses. Para isso, precisarei jogá-lo, é claro...hauhauahua.
 
Bom pessoal...é isso. E vocês, qual são suas histórias com o RPG? Como conheceram o hobby? Quais sistemas jogam ou mestram? Compratilhem...
Um abraço. 

4 comentários:

  1. Parabéns, espero que continue.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vlw Patrick...
      Mas e aí? Qual RPG vc joga? Como entrou em contato com o hobby?

      Excluir
  2. Eu comecei com o Aventuras Fantásticas, tanto o RPG quanto os livros-jogos, depois fui pro AD&D em inglês, jogamos uma nova campanha, até conhecer um pessoal que jogava Tagmar e GURPS e formar o clube de RPG Dragon Shadows na garagem nos fundos da locadora de videogames Star Games em Barretos. Lá conhecemos e jogamos muito os títulos da White Wolf, passamos pela febre dos cardgames Magic e Spellfire, adaptamos Demos Corporation para um sistema mais jogável, começamos a criar e testar nosos próprios sistemas até o pessoal se dispersar após o fim do colegial e dos cursinhos. Universitário em Brasília, nunca parei de pesquisar novos jogos pela Internet e hoje em dia só tenho jogado nos eventos regionais, mas penso em experimentar os jogar em fóruns.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bem legal cara.
      De card games, só joguei o Magic, não tive oportunidade de jogar Spellfire, infelizmente.
      Já em relação à jogos em forums, nunca joguei também. mas já joguei várias aventuras com o programa RRPG. Não é a mesma coisa de um jogo presencial, mas dá pro gasto... ehhehehe.

      Excluir