E aí pessoas! Tudo certo?
Como falei, hoje começarei com os posts referentes à aventura de RPG que estou mestrando. Quando transcritos, os reportes das sessões ficaram um pouco grandes, então dividi em duas partes.
Aqui vai a primeira de todas:
Sessão 01 (1ª parte)
Após três dias de viagem pelas
planícies das terras do norte, a caravana se encontrava a meio caminho de seu
destino final: a cidade-capital de Lathander.
Com o cair da noite, os viajantes
se reúnem ao redor de fogareiros para prepararem e comerem seus jantares.
Depois, precisam dormir para reporem suas energias, pois a estrada ainda é
longa.
Nossos heróis (PipiPitchu,
Estrelinha e Pipoca) dividem uma perna de cordeiro assada com seus mais novos
amigos na caravana, John e seu irmão mais novo, Jack. Após uma conversa
amistosa, Estrelinha volta seu olhar para a carroça totalmente coberta perto
dos soldados.
Como todos os dias anteriores, os
guardas reais não saem de perto dela. Além dos oito guardas, o capitão (que se
diferencia por trajar uma capa longa e roxa) também se mantém sempre atento.
Ao indagar os irmãos se eles
sabem de algo sobre aquela peculiar cena, a única informação que recebe é que aquele
carregamento está sendo levado direto para o Rei, mas nem mesmo os soldados têm
permissão de ver o que se encontra dentro daquela carroça.
Os olhos de PipiPitchu brilham
com a ideia de baús cheios de ouro e joias lá dentro. Ele olha na direção de
Estrelinha (ou pelo menos pensa que está olhando na direção certa) e diz:
“Vamos conversar em particular!”.
“Eu? Por que?”, responde John. E,
virando os olhos mais para o lado, o bárbaro responde: “Não você, idiota. O meu
amigo aqui...”. E coloca a mão no ombro do mago, na segunda tentativa; pois na
primeira ele errou por alguns centímetros, sem achar nada ali. Dando um tapa na
cabeça de Pipoca, completa: “Vamos, tampinha!”.
Uma vez a sós, os três decidem
ver o que estão escondendo naquela carroça. O plano traçado por eles era
perigoso, mas talvez desse certo. Estrelinha tentaria distrair os guardas que
se encontravam mais perto da carroça, usando de seus poderes arcanos. PipiPitchu
começaria uma briga com os irmãos, tentando atrair a atenção dos guardas mais
perto deles. Enquanto isso, Pipoca tentaria se esgueirar sorrateiramente para
dentro da carroça.
PipiPitchu voltou à fogueira onde
se encontrava os irmãos e com o dedo em riste, apontando para Jack (ou ao menos
ele assim pensava) começa a bradar com todo o ar de seus pulmões: “VOCÊ ESTÁ
COMENDO A MINHA PERNA DE CORDEIRO!
LADRÃO!”. E já desfere um potente soco no queixo do mesmo. O outro irmão entra
na briga, e logo mais dois guardas que estavam perto tentam apartar.
Nesse ínterim, Estrelinha faz uma
voz mágica xingar a mãe de um outro guarda, que se volta para a direção de onde
ele acredita tê-la ouvido e encontra um companheiro fardado. Uma discussão
se inicia e logo espadas são puxadas e ameaças de morte são proferidas. Os dois
soldados saem correndo pela noite (um fugindo e outro perseguindo com a espada
levantada). O capitão manda o resto da guarda atrás dos dois imbecis, ficando
sozinho perto da carroça.
Enquanto Estrelinha esconde uma
risada, e PipiPitchu está sendo espancado pelos guardas e os dois irmãos,
Pipoca consegue entrar no fundo da carroça sem que o capitão perceba.
Logo
depois ele já sai e faz sinal para o mago. Este imita um piar de coruja e logo
o bárbaro já se levanta pedindo desculpas e prometendo não arranjar mais
confusão.
Dali alguns minutos os três
voltam a se reunir nas sombras do acampamento, sem que ninguém tenha percebido
o que realmente ocorreu.
Ansiosos, eles aguardam enquanto
o branquelo halfling mostra sua capa embrulhando algo. Dela ele retira um globo
de vidro, mais ou menos do tamanho de um punho humano, com padrões multicoloridos
dentro dele, parecido com uma grande bola de gude. Ele diz que é a única coisa
que encontrou dentro daquela carroça. O mago a segura e sente um grande poder
mágico nela, mas nenhum deles sabe o que ela é realmente. Então fica decidido
que ela ficará guardada com Estrelinha, que a coloca embaixo de seu manto, no
espaço entre suas pernas.
PipiPitchu diz então que quer uma
mulher naquela noite. Embebeda-se e começa a importunar as mulheres da
caravana. Para não ter maiores problemas, Estrelinha faz uma ilusão,
transformando uma árvore na imagem de uma mulher voluptuosa que se insinua para
o bárbaro. Em poucos momentos, a caravana inteira está rindo do brutamonte
bêbado que está agarrando e beijando um carvalho.
Nos dias seguintes a viagem segue
sem maiores surpresas. Os irmãos não chegaram mais perto do bárbaro maluco. Os
soldados ficaram sem suas rações como castigo. E como nenhum deles (nem mesmo
o capitão) tinha permissão para olhar dentro da carroça, nossos três amigos não
tinham que se preocupar em serem descobertos.
Enfim, a viagem tinha acabado e
eles tinham chegado à cidade-capital de Lathander. Logo na entrada do portão
principal, o capitão veio em direção ao trio. Quando se aproximou, disse para o
mago: “Percebi que você é amigo desse bárbaro. Espero que não tenhamos
problemas com ele aqui na cidade. Conto com sua ajuda?”.
Mais que prontamente, Estrelinha
acenou positivamente com a cabeça, e o capitão virou as costas, jogou sua capa
sobre o ombro, e foi embora.
Mal haviam colocado os pés dentro
dos muros da capital, quando John e seu irmão se aproximaram, pedindo desculpas
pelo ocorrido e dizendo que não guardavam ressentimentos. A resposta veio em
forma de um punho do bárbaro bem no meio do nariz de John.
Antes que a briga começasse, os
guardas já se encontravam ao redor deles, com espadas sacadas, esperando a
ordem do capitão que se aproximava. “Eu avisei, não avisei? Homens, levem-no
para a masmorra.”.
Somente a grande lábia do mago (e
algumas moedas) fizeram o capitão mudar de ideia e dar uma terceira chance para
o bárbaro.
Agora, eles precisavam agir
rápido. Assim que o Rei descobrisse que o carregamento havia sido roubado, ele
mandaria investigar todos os integrantes daquela caravana. E como eles já se
encontravam na mira do capitão, com certeza estariam na frente da fila.
Precisavam descobrir o que aquela enigmática esfera realmente era; e o mais
importante, o quanto valia...
Nenhum comentário:
Postar um comentário