A descoberta
Com a morte de Mordratt pelas mãos de Jonathan, os servos menores do Baatezu, agora sem líder, começarem a seguir as ordens do ex-paladino.
Jonathan passou a buscar, nos Nove Círculos de Baator, alguma maneira de retornar para Toril. Enfrentou muitos desafios, fez alianças e inimigos em seu tempo naquele lugar infernal.
Em uma de suas buscas, foi levado a ficar frente a frente com Mephistopheles, o lorde do oitavo círculo, conhecido como Cania. Depois de fazer um acordo com o Arquiduque, Jonathan teria acesso a grande biblioteca que ele possui em seu castelo na cidadela de Mephistar, após "cuidar" de um inimigo de Mephisto.
Esta biblioteca é famosa por conter vários tomos e segredos do inferno; talvez também possui-se algo mencionando como sair dele. Jonathan procurou e procurou, até que viu um tomo interessante. Em sua capa lia-se "Os grandes magos infernalistas". Nele continha uma lista de nomes de magos que possuíam pactos com os diabos, ou que trabalhavam para eles. Para a interrogação de Jonathan, o nome Vanderin Devilife não constava lá. O mago que conjurou todos aqueles diabos, até mesmo Krazzt´hul, não era conhecido por eles.
Sem entender, Jonathan foi perguntar diretamente a Mephisto, que com um sorriso sarcástico lhe explicou: "Aquele crápula? Nós não tínhamos nada a ver com seus planos. Seus planos vinham do lado oposto."
Jonathan continuou sem entender. Mephisto continuou: "Devilife tinha sim poder de convocar os mais fracos dentre nós; mas ele era contra nós. Ele usava sua magia para nos aprisionar, ou mandar-nos de volta para cá se estivéssemos em seu plano. Porém, veja como a vida é irônica. Ele era seguidor de Tyr, o deus da Justiça; e um certo dia, esse deus resolveu intervir em um pequeno desequilíbrio que estava acontecendo em um vilarejo. Um Baatezu disfarçado assumiu o lugar do regente, e estava usando seu poder sobre a população para tentar dominar aquela área."
"Tyr, sabendo do acontecido, teve que intervir. Apareceu para Devilife e ordenou-lhe que resgatasse o vilarejo e impedisse o diabo-regente, de qualquer maneira. E que maneiras um mago como Devilife faria isso se não fosse combatendo fogo contra fogo? Tyr, o justo, ainda lhe disse para não parar até encontrar o Baatezu (que fugiu quando o mago veio para o vilarejo), e que todos que tentassem impedi-lo provavelmente eram servos do diabo."
"Veja. Tyr é o deus da Justiça. E a justiça nada mais é que uma balança, que nunca deve pender para um lado ou para outro. Todos são iguais e todos devem ter os mesmos direitos. E Tyr sabe que para garantir isso, certas vezes, deve-se sujar as mãos. Não é que ele esteja fazendo o mal, já que, como no final a justiça estará preservada, o Bem está sendo feito". E completou com mais um sorriso sarcástico.
Jonathan não conseguia acreditar naquilo. Sua expressão de surpresa misturada com pavor foi nítida. Mephisto ainda disse: "Se não acredita em mim, pergunte sobre Devilife para qualquer um. Pergunte à Asmodeus. Se não acredita na palavra de nenhum diabo, quando voltar para seu plano, se voltar, vá à uma igreja de Tyr e pergunte sobre Devilife".
Jonathan não podia acreditar que sua amada morreu por causa do deus que ele venerava. Não era possível. Seus olhos vermelho-sangue acenderam-se como uma chama de pura ira. Ele virou as costas para Mephistopheles e foi embora sem dizer uma palavra. Aquilo não acabaria ali...(continua)
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